terça-feira, 15 de abril de 2014

alquimia

há um medo
despertando em minhas mãos
a dor de não mais ter letras

medo da palavra foice
vinda de um espelho alheio
distante e certeiro


há essas entrelinhas
abertas e em vísceras vivas
burlando o silêncio

entrelinhas minhas
passeando em outra vida
tal tatuagem na carne nua

há uma alma, a minha
há outra alma, a sua
reféns da poesia


numa estranha alquimia...

Um comentário:

  1. Aqui no limbo
    tá chovendo,
    e aí?

    Não vou contar este
    poema,
    você iria
    dar luz ao ego.

    Está só um pouco impecável.
    Só um pouco insuperável.
    Só um pouco, ok?


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