depois
da lua e
das estrelas,
a madrugada
em carne
crua e viva
sem venda
nos olhos
sem a luz
das pontes
sem mariposas
nos postes
insone
a intuir vozes
buzinando
nos ouvidos
dos sonhos:
vísceras...
terça-feira, 30 de maio de 2017
segunda-feira, 29 de maio de 2017
lúdico
em tardes
de cinzas
longe do túmulo
quando meus pés
volitam
ardem
em meus olhos
a textura
e tecitura
das nuvens
queria eu
um corpo de palavras
carne e ossos
de imagens
e metáforas
longe
bem longe
do concreto
que cega e castra
meus absurdos...
de cinzas
longe do túmulo
quando meus pés
volitam
ardem
em meus olhos
a textura
e tecitura
das nuvens
queria eu
um corpo de palavras
carne e ossos
de imagens
e metáforas
longe
bem longe
do concreto
que cega e castra
meus absurdos...
sábado, 27 de maio de 2017
mágoas
ainda outono,
pelas janelas do tempo
as águas de março
não acabam
não acabam...
o mesmo outono,
dono das chaves
dono das claves
chora
e chora
pelas janelas do tempo
as águas de março
não acabam
não acabam...
o mesmo outono,
dono das chaves
dono das claves
chora
e chora
quarta-feira, 24 de maio de 2017
e só...
não quero
estrelas e
sonhos
quero
o travesseiro
e o sono
deixar o corpo
apagar-se livre de
alheias fomes
além
do que é
nome
além
do que é
posse
outonar-me
em voo
solo
estrelas e
sonhos
quero
o travesseiro
e o sono
deixar o corpo
apagar-se livre de
alheias fomes
além
do que é
nome
além
do que é
posse
outonar-me
em voo
solo
domingo, 21 de maio de 2017
peco
há dejetos
de mim
nas esquinas
dos pretéritos
na saliva
dos espectros
e ainda assim
há um pedaço do fim
a dizer ao que fui
sim, sim, sim
e fluo...
de mim
nas esquinas
dos pretéritos
na saliva
dos espectros
e ainda assim
há um pedaço do fim
a dizer ao que fui
sim, sim, sim
e fluo...
sexta-feira, 19 de maio de 2017
segunda-feira, 15 de maio de 2017
das certezas
e o vento não levou
e a chuva não lavou
o quê o tempo
tão bem tatuou
os meses, as horas
caem, passam, riem, choram
sem enterrarem os dias
em que teu nome mora
são cruéis esses úteros
a parirem tuas faces
psicoticamente num enlevo
de quem luas, engolem
e cobrem de feridas
carne e alma que mentem
ter esquecido teus olhos
presos de remorso
num átimo de morte
e a chuva não lavou
o quê o tempo
tão bem tatuou
os meses, as horas
caem, passam, riem, choram
sem enterrarem os dias
em que teu nome mora
são cruéis esses úteros
a parirem tuas faces
psicoticamente num enlevo
de quem luas, engolem
e cobrem de feridas
carne e alma que mentem
ter esquecido teus olhos
presos de remorso
num átimo de morte
tese
há
noites ( e dias )
em que qualquer
salto é
parto
peripécias
de belas e
pedras,
príncipes
e cacos
tecituras
de quem
voa sem naves
num mergulho
sem asas
e ainda
verde, tenro
teso, tenso,
feto, suicida-se
... nasce...
noites ( e dias )
em que qualquer
salto é
parto
peripécias
de belas e
pedras,
príncipes
e cacos
tecituras
de quem
voa sem naves
num mergulho
sem asas
e ainda
verde, tenro
teso, tenso,
feto, suicida-se
... nasce...
quinta-feira, 11 de maio de 2017
pausa
e se me perguntar
aonde escondi o seu
retrato
hoje respondo:
ali no meio
do nada
enterrado
tão fundo, sem nome
sem verbo, sem lápide
não quero
ao meu alcance
seus passos
não quero
sua face em minhas
palavras...
aonde escondi o seu
retrato
hoje respondo:
ali no meio
do nada
enterrado
tão fundo, sem nome
sem verbo, sem lápide
não quero
ao meu alcance
seus passos
não quero
sua face em minhas
palavras...
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