traços
trago
aos pedaços
nacos
às farpas
abraço
não acho
em linha reta
meus farrapos
passo
circulando
nadas
impregnada
de um tudo
errado...
segunda-feira, 31 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
sina
há essa carne
que descasco
e das vestes
desfaço
deixo pulseiras
sem braços
e pés enterro
sem sapatos
há minha alma
que despe-se
entre senhas
e metáforas
e pela vida
passa...
sem querer dela
os laços...
quarta-feira, 26 de março de 2014
enfim...
em entrelinhas
sem sins...sigo
e... impermeável
a ti, fito teu fim
assim, sem ais
com sinais
assino tua sina
sem mim...
segunda-feira, 24 de março de 2014
das secas...
em que ontens
tão ralos e tão rasos
plantei meu hoje
esse a dobrar joelhos
a estremecer e gemer de frio
ao bocejo dos deuses
a mercê do humor alheio
um hoje em cascas finas
sem sangue nas veias
em que sonhos
tão tênues e tão frágeis
enterrei meus olhos
esses trancados a esmo
sem a espera do que foi luz
sem saber da noite, as estrelas
a mercê de outros espelhos
sonhos ocos e sem reflexo
secando do hoje, os desejos
tão ralos e tão rasos
plantei meu hoje
esse a dobrar joelhos
a estremecer e gemer de frio
ao bocejo dos deuses
a mercê do humor alheio
um hoje em cascas finas
sem sangue nas veias
em que sonhos
tão tênues e tão frágeis
enterrei meus olhos
esses trancados a esmo
sem a espera do que foi luz
sem saber da noite, as estrelas
a mercê de outros espelhos
sonhos ocos e sem reflexo
secando do hoje, os desejos
segunda-feira, 17 de março de 2014
dos sabores...
entre uma letra e outra
derramo sobre a folha que risco
a essência que extraí da vida
e tempero poesias...
derramo sobre a folha que risco
a essência que extraí da vida
e tempero poesias...
sábado, 15 de março de 2014
líquida..
em meu corpo
teu convéns
nosso amém
se sou coxas
um abrigo
te aninha
língua tua
língua minha
caminham
vai e vem
pele à pétala
alquimia
derrama teu dorso
sem prumo, só tua
quase sumo...
quarta-feira, 12 de março de 2014
agonia...
era torto o riso indefeso
e a madrugada de olhos acesos
queimou sem medo mãos ao avesso
do que foi, do que passou
nada, só nós entre os dedos
só pó no caminho do meio
restava vestir-se de versos
sentar-se na porta da poesia
fingir e fingir uma dor alheia
na espera do que não veio
no degrau de todos os defeitos
beber e vomitar devaneios
foi a esmo todo um dia
tão prolongado por uma vida
do batismo à morte, um só suspiro...
agonia...
terça-feira, 11 de março de 2014
das penas
preces ao longe
um manto negro estendem
aos pés dos deuses
e eles
não respondem
perdem-se os olhos-
no infinito das horas
esperam as almas
e não se cansam...
um manto negro estendem
aos pés dos deuses
e eles
não respondem
perdem-se os olhos-
no infinito das horas
esperam as almas
e não se cansam...
casulo
ando arrebentando casulos
e deles bebendo o expurgo
que abuso...
eis o meu pecado
afiar letras como adagas
e sangrar em metáforas
ando flertando com absurdos
com sonhos idos e já sem uso
que loucura...
eis o meu desafio
dar asas às palavras, e não...
enterrá-las no escuro
almma
sábado, 8 de março de 2014
Mulheres...
Maria, Eva, Helena...
Manias, uvas e melenas
Mulheres, mulheres
Loiras, ruivas, morenas
Um pouquinho de bondade...
Um tiquinho de malícia,
O olhar que invade
Na ginga, sensualidade
Dúvida?
elas são poderosas
em salto agulha
ou em uma cadeira de rodas
Ah, esse poder... não é atoa
Que aos homens atordoam!
Abelhas rainhas
Em seu lares
Em seus lugares
Limpando o chão
Ou em vestidos de seda...
Acelerando corações!
Cuidado!
Olha a TPM!
Não as tentem
Fiquem atentos!
Podem ser feras
protegendo suas crias
Fêmeas no cio
sucumbindo à carícias,
Afiando suas garras
arranhando ferozmente
Amando, desprezando...
Mulheres, mulheres
meninas, amadurecidas...
belas ,todas elas
Não importa a aparência
são elos entre eles,
os homens e os deuses,
Cheirando a alho
ou suave perfume
Essência da vida
terça-feira, 4 de março de 2014
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