depois
de decepados
voltam o versos,
boquiabertos
mancos, famélicos
sedentos
mas,
ainda os mesmos
na pele, a palavra,
nas entranhas, o sangue
domingo, 31 de julho de 2016
quinta-feira, 28 de julho de 2016
aos céus
fosse manhã
fosse tarde
era um tudo
a transpirar navalhas
aquele desejo
de abrir a carne
e alçar voo
em busca de asas...
quinta-feira, 21 de julho de 2016
espasmos
entre tantos analgésicos
ri a dor de cabeça erguida
faz pouco e como faz
de minhas velhas feridas
e esse purgar de ais
não ultrapassa os sinais
ovelha obediente, cabisbaixa,
segue sangrando em silêncio
quem dera um pontapé
na boca aberta desses anzóis
que insiste em abrir da carne
antigas e estimadas cicatrizes...
de resto é aquele cansaço
esperar no amanhã, a paz
quando a dor enjoada da caça
deite e adormeça ao meu lado....
ri a dor de cabeça erguida
faz pouco e como faz
de minhas velhas feridas
e esse purgar de ais
não ultrapassa os sinais
ovelha obediente, cabisbaixa,
segue sangrando em silêncio
quem dera um pontapé
na boca aberta desses anzóis
que insiste em abrir da carne
antigas e estimadas cicatrizes...
de resto é aquele cansaço
esperar no amanhã, a paz
quando a dor enjoada da caça
deite e adormeça ao meu lado....
sexta-feira, 15 de julho de 2016
domingo, 10 de julho de 2016
desperta
todas as manhãs
ao abrir os olhos
arrebento o útero
dos meus sonhos
e em vigília
aborto-me...
ao abrir os olhos
arrebento o útero
dos meus sonhos
e em vigília
aborto-me...
terça-feira, 5 de julho de 2016
das preces...
suspensos, os ais,
aguardam dos olhos
um sinal de paz
qualquer lágrima
que destranque da alma
as asas das cicatrizes
crucificada, a palavra,
espera na carne do dia
salmouras ou entrelinhas...
qualquer pacto
que desfigure da face
a não dita poesia
aguardam dos olhos
um sinal de paz
qualquer lágrima
que destranque da alma
as asas das cicatrizes
crucificada, a palavra,
espera na carne do dia
salmouras ou entrelinhas...
qualquer pacto
que desfigure da face
a não dita poesia
sábado, 2 de julho de 2016
escombros
esse
não gostar
esse
não querer
entre alinhavos e blues
por mim sacramentados
debocham
e traem-me nas palavras
quando a poesia
escavo...
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