agosto
despede-se
sem voos
marcado
feito gado
no pasto
com
cheiro e gosto
de podre
mas há
sempre há
quem goste
e goze...
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
era
gosto de fragmentos
esses pinçados na saliva
do tempo
cacos, pedaços
de vidas inteiras
em ilhas alheias
e, se,
não me faço concreta
à colheita desses farelos
contento-me
a viver de letra em letra
de verso em verso
um barco à deriva
longe, bem longe do cais
das esperas...
esses pinçados na saliva
do tempo
cacos, pedaços
de vidas inteiras
em ilhas alheias
e, se,
não me faço concreta
à colheita desses farelos
contento-me
a viver de letra em letra
de verso em verso
um barco à deriva
longe, bem longe do cais
das esperas...
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
labirinto
quem sou
quem tu és
ao sabor do tempo
perdidos em templos
palavras e grafias
máscaras e metáforas
fôssemos flores
fôssemos facas
nosso encontro
é e seria, ainda,
na poesia...
quem tu és
ao sabor do tempo
perdidos em templos
palavras e grafias
máscaras e metáforas
fôssemos flores
fôssemos facas
nosso encontro
é e seria, ainda,
na poesia...
terça-feira, 2 de agosto de 2016
aspirações
há tempos
não me faltavam
os pulmões
estranha sensação
fumaça sem ser vista
nublando peito e coração
pulsam-me as têmporas
reclamando a falta de
oxigênio
ah, como a carne
é fraca, tênue e
ingênua....
qualquer lapso
qualquer caco
( na garganta ou fora )
e lá estaremos nós
essencialmente pó
derramados ao chão...
não me faltavam
os pulmões
estranha sensação
fumaça sem ser vista
nublando peito e coração
pulsam-me as têmporas
reclamando a falta de
oxigênio
ah, como a carne
é fraca, tênue e
ingênua....
qualquer lapso
qualquer caco
( na garganta ou fora )
e lá estaremos nós
essencialmente pó
derramados ao chão...
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