enquanto movem-se as cortinas
num desejo de voar pelos ares
seguem meus olhos o mesmo desatino
querer dos varais que me prendem
cortar as farpas e as amarras
num voo silente e solitário
alçar as nuvens, os pássaros
os poços, os abismos, os faróis
as sarjetas, as estrelas, o sopro
a lama e a palavra
arrancar do peito e do nada
a navalha que tece no vácuo
os nomes dos bois, os nós das artérias
o esconderijo dos fetos
e fazer-se verbo....
Soltem-se os pássaros e as palavras
ResponderExcluiraproveitando a "insipidez"
ResponderExcluirnos receptores gustatórios
pra passar as tramas e as massas
(tão patéticas que se elegem)