segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dor...












na dor, a carne
tem fome, nervos
e sonhos meus
morde...

convulsiono, tremo
labuto, é meu luto,
dentes afiados
escuto...

tão a esmo
arrasto correntes
vocifero, peço
silêncio

nada....
ninguém ao lado
são meus, os dardos,
os fardos

rasgada a paz
ossos e alma, em vão
o leito da lápide
imploram

no choro  da pele
o cansaço me assola
sem pressa a dor
devora-me...


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