sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

da inquietude...

há no fim da tarde
um anseio de ontem em vestes de hoje
um quase agora escavando horas
a ouvir, a desejar, o que não houve

e se dos olhos são os desejos
a caminharem num fio de horizonte
são das mãos, entrelinhas  e  poesia
presas  entre o crepúsculo e a noite

um tanto querer voltar atrás
um tanto querer domar o tempo
levando ao depois, ao segundo seguinte
o que não foi adiante, o que não foi sempre

e vem o nunca exibindo, luto,
e vem o pretérito vestindo lápide
de concreto, só letras e palavras
sobre a folha branca em lágrimas

2 comentários:

  1. rsrs! Muito interessante Almma!!!
    Quem mais faria esta proeza?
    Por aqui, chove lá fora!
    Chuva é bom!

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  2. Sempre gentil, Poeta. Obrigada pela presença e leitura.

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