quarta-feira, 12 de novembro de 2014

dos espectros...


levantam-se as palavras
entre letras mortas e lázaras

metamorfose
de quem foi pássaro

metamorfose
de quem não tem face

e se falo da morte
é nela que encontro asas

de que têm medo os nomes?
de que têm medo as frases?

se nessa mesma morte
abrem-se os céus da boca

se nessa mesma morte
esquartejo meus olhos ocos?

se nessa mesma morte
caminham ontens e hoje?

e vejo...
o que não foi dito

e acho graça
do que foi destino

e desprezo e desprezo
o que ainda vive...

3 comentários:

  1. Não dá pra não ficar arrepiado!

    Intensidade é a tua "marca registrada"
    Allma!
    (fessora).
    E tenho dito!

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  2. Bom dia amiga. Alguns "nadas" são transbordantes, exigem tudo o que há de nosso.
    Muito lindo, amo poemas assim, parabéns!
    Fica bem, um beijo neste teu coração que amo, lu.

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  3. Obrigada, Arnaldo... Obrigada, Lucy. Beijos.

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