cuidarei de minhas poesias
tal qual mãe em parto
pois, se aborto-me,
entre as letras amorfas
vejo meu retrato
são cacos, tragos
fiapos, farrapos, espasmos
caos e nacos
um nada entre metáforas,
escorrido e mal acabado
quero um parto
de úteros não meus
e de fetos alheios
um punhado de versos
sem os tons de vermelho
sem o meu espelho
uma poesia de sins
filha do acaso, filha bastarda
uma poesia... sem mim
Almma: Eu também busco isso,
ResponderExcluirmas como sou eu a buscar...
ainda sou eu.
Com carinho: eu.
Meu "eu" agradece o carinho do seu "eu".
ResponderExcluir