terça-feira, 9 de dezembro de 2014
que vício...
escrever, eu preciso
na rua, em casa, no chuveiro
ou na lata do lixo
essa ânsia de sair
voar entre flores e pedras
engatilhando versos
não quero ir além
não, não, não é isso
quero meu amém
encontrar de mim, a verve
fazer dormir meus vermes
em potes de crimes abertos
é isso que apetece-me
esse grito rouco no meio da faca
fugindo do sol e abrindo palavras
sangrar meus dedos
escavando letra à letra
valas e mais valas
desde que
não abram suas bocas
e não falem...
é no silêncio da carne
onde a tela branca
faz-se escrava
escrever é vício
que não se apaga
com sabão e lágrimas
escrever é êxtase
que não se acaba
em gemidos e água...
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Este é o tipo de "poema-foto", que a gente memoriza pra sempre!
ResponderExcluirSempre gentil e atencioso, Poeta... Obrigada.
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