sabe-se lá
se no limbo
existe a fala
ou se os pensamentos
em simples silêncios
casam-se
se há um espaço
onde os olhos, molham-se,
e acham-se
onde sobem
e descem as asas
no arfar das metáforas
sabe-se lá
se faz frio onde é quente
se faz-se quente onde é hábito
se a noite e o dia
lambem-se e bastam-se
entre o nunca e o sempre
se procuram-se os laços
entre sílabas sem rima
e ímpares
onde o êxtase
cala da boca
a palavra
e as almas
descartam do tempo
a carne...
sabe-se lá...
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