domingo, 8 de setembro de 2019

teatro


tarefa árdua
mover a carne
que insiste
num hiato

entre o leito e a porta
o chão, as mãos e o desejo
de ficar mais um pouco
em retrátil

os dias não permitem
um caso a parte com as ilhas
muito menos esconder os olhos
dos sóis, que podem ser duros e frios...

resta-me simular os pés
ou de rastejo, alçar as promessas (mentiras)
e ofertar a face a esse roteiro... (alheio)


2 comentários:

  1. Mentira é tudo que a mente lhe tira. Verdade é esse nada que fica. Tudo ou nada, talvez seja o estoicismo nosso de cada dia nesta época-lípse. Eu digo: é o que dignifica.

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