quarta-feira, 21 de outubro de 2015

achante...

e quando escrever
nada mais e nada menos
é ruminar antigas pílulas
e um escavar ruínas

um sabor
de suco gástrico
tão mal salivado e passado
no hálito das palavras

e essa ânsia
que os versos lavem e levem
entre os esgotos, o gosto,
dos desgostos

(covardia, a minha,
dar tal sina
à poesia... )

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