há de arder
entre os dentes
a palavra
semente
tímida
de ser ouvida
instigar-se
entre os dedos
fingir-se
um verso
um espectro
uma névoa
tocar-te
o arrepio, a pele
os nós
os pés
fazer-se
penumbra
penugem
nuvem...
envolver-te
sem que saibas
de onde vem
tuas vertigens
e amar-te
entre ais
em segredo
uma vez mais
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