domingo, 2 de agosto de 2015

sombras

há de arder
entre os dentes
a palavra
semente

tímida
de ser ouvida
instigar-se
entre os dedos

fingir-se
um verso
um espectro
uma névoa

tocar-te
o arrepio, a pele
os nós
os pés

fazer-se
penumbra
penugem
nuvem...

envolver-te
sem que saibas
de onde vem
tuas vertigens

e amar-te
entre ais
em segredo
uma vez mais

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