segunda-feira, 16 de julho de 2012

Nuvens...



caem-me aos cântaros
todos aqueles desejos
vêm, descem dos céus
como chuva de janeiro

é inverno, toda a lágrima
um dia mágoa, sem desculpa
de gelo minhas mãos, circunda
sem desculpas,  minha culpa

e nada, nada diz a lua
cúmplice das nuvens
em  um quarto de fases
esconde a bela face

doi-me o silêncio,
dói-me a palavra presa
nesse anzol de águas,
sem sol, só nuvens...

dói-me esse nunca,
dói-me a nuca
arrepiando cabelos
aos olhos do desprezo

caem, desmaiam,
desconhecem-me
falecem os desejos
nuvens, só nuvens...

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