domingo, 10 de março de 2013

minto

e então, eis-me
rasgada em mentiras
cá estou a escrever, poesias

em esquecimento
não caiu tua doce saliva
limbo da palavra minha...

se sei, como sei
ludibriar-me com armadilhas
dessa lábia tua...

engano-me
permito-me caminhos
em invisíveis trilhas...

fio-me
em frestas, em preces
em versos,  em restos...

em minhas mãos
teço e teço, cega e sem tato
linhas e linhas vazias...

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