de distantes letras
fiz leito, fiz teto,
fiz sóis
fiz-me nó
um nó aperto
sem carne, abstrato
num gesto em vigilia
e tão só
fiz-me olhos...
sem ir além
sem améns
sem aquéns
sem refém
fiz-me espera
( sem reflexo )
um fio de entrelinhas
em meios aos versos
a soprar num dialeto
poesias ainda feto
e veio o tempo
e veio o vento
e veio o outono
e veio o sono
fez-se o esquecimento
( mais e mais distantes )
adormeceram as letras,
em silêncio...
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