sei e sinto o desprezo
dos olhos meus aos teus
e te sopro e emudeço
numa síncope no peito
faço morada, faço gelo
e sobre ela, deito-me
não há, não houve
no silêncio que me protege
nenhum outro veio
só esses versos
que ainda teço, ao meio
e me descobrem inteira
ah, essa minha indiferença
que me faz em pé e sem correntes
mãos soltas em reticências
e se me assusta ser livre...
encanta-me a ti, meu desapego
ontem era tudo, hoje és areia
areia ao vento
areia entre os dedos
areia ao tempo
Até o amor tem um começo e um fim...
ResponderExcluirBelíssimo poema.
Almma, beijo!