de que foram feitas
essas sinuosas ruas minhas
onde nem meus eus
acham-me de face de fora
de que foram feitas
essas minhas entrelinhas
onde nem minha poesia
encontra o fel que me devora
de que foram feitas
todas as minhas manias
onde nem minhas facas
arranham as pedras que abrigo
de que foram feitas
todas as minhas buscas
onde nem minhas máscaras
alcançam os pés de outrora
de que, onde, quando
perco-me sem mais e tanto
de que, onde, quando
naufrago em meu sumo
fujo
e não volto
e não volto...
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