sábado, 12 de abril de 2014
a folha e o poema...
a folha branca se espanta
goteja do céu de cimento
excitação à desbotada donzela
hálito do poema, in feto
abstinência prescrita no esquecimento
frágil luto.... luta a flor de celulose
o cio da fêmea, vence... o rubor engole
cálida, ondulante, doa o ventre
brasas no arco íris dos dedos
arregaçam da folha, as ancas
ruído de espumas no útero
espasmos em espelho quente
incesto entre os gestos
gestam-se os versos
prolifera a raíz, cicatriz em concha
da folha, brota o poema, em ecos...
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