se vertessem sonhos as paredes
pereceriam de sede e secas, as minhas...
onde bato e rebato tão somente escárnios
dessas tantas pústulas em vida
a arrastarem-se em busca de janelas
sangro eu, dos seus gritos, outros ritos
e se sangro, e se bebo, e se verto
derramo o preço, afogo das letras
esses ousados olhos de desejos
presa em passos que não se acabam
nem portas, frestas ou réstias restam-me
pobres paredes, pobres letras, esperam...
e morrem e morro...
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