segunda-feira, 1 de abril de 2013

peco...

das palavras que se vestem
fogem-me os olhos, anseio outras
adentro, sempre adentro dos retalhos

à cada pedaço delas, aboncanhado
mais fundo desço, mais negro bebo
e mais doem, mais ardem, mais caem...

e se não há costuras, vestes
nem ritos, nem anéis, nem laços
não há rezas, preces e esperas

e em letras, peco...

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