sábado, 16 de março de 2013

saudades...

há na lágrima
desses olhos meus
um resto teu...

pedacinhos insones
a levantarem mãos
em abertas criptas

e se vive esse pretérito,
não fenece em minhas iris
a saudade, sempre, tua

e se escorre-me em água, o futuro,
crava-me num concreto e infinito luto
um vazio presente sem rumo...

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