onde latem os cães
mordem e moram manhãs
dores com gosto de maçãs
que dos cães
não é a culpa, sentem
relatam, feridas, sem cura
no uivo, onde o sol
surge, há o arranhar de unhas
lamentos à vidas que urgem
se das maçãs
é o engodo, do gosto
são as dores em vermelho
se dos cães
são os lamentos, da manhã
são as dores em carne nua
se do sol
são os uivos, das unhas
são as vidas que urgem
e surgem
e urgem
e surgem
e uivam
sujam-se...
Bela poesia,
ResponderExcluir