Tenho pensado em deixar as poesias de lado por um tempo ou não dedicar todo o meu tempo a esse prazer e debruçar-me sobre os contos e crônicas, algo mais concreto, menos lírico. Falta-me disciplina, a mesma disciplina ausente em outras áreas de minha vida. Trabalhos manuais inacabados. Promessas suspensas. Gavetas abarrotadas de desculpas que já não aguentam-se sozinhas.
Escrever poesias, poetrix, haikais é para mim um gosto, quase vício. Divago, não tenho regras ou metas. Simplesmente escrevo. Mas sei que são metáforas de minha propria vida. Essa vida que venho enrolando, que venho chutando pra lá e pra cá feito uma estrela que caiu aos meus pés, que pés?
É de suspirar essa minha dificuldade em sair do lugar e atrelar o tempo e dizer: "Estou no controle, vamos." Sem que ele estremeça de medo de minha subjetividade. Mas cá estou entre um site e outro e comemoro, escrevi de madrugada sem ser um poema à insônia.
Não, não, não estou desmerecendo as poesias. Estou me policiando, começando por controlar minha compulsão pelos versos e estendendo-a outros textos. Acredito que seja um bom começo esse.
Num texto anterior escrevi sobre almejar algumas mudanças. Não esperarei pelo aniversario. Ou tentarei não esperar. Fixar uma data ainda que não muito distante, parece-me que seja mais uma forma de protelar e adiar um movimento para onde quero ir. Mais do que crônicas e contos, preciso administrar-me com mais segurança. Não estar à deriva como tenho feito.
Estou tentando, estou tentando... Quem sabe um conto ou uma crônica por semana esteja de bom tamanho para que torne-me mais racional, mais equilibrada.
É isso...
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