desenham-me sinuosas nuvens
sombras em desejada rua
são de meus olhos, essa chuva
água que minha alma, turva....
tão poucos são os caminhos
são tantos e tantos meio-fios
encostas que não tem início
em noites sem estrelas guias
desdenha-me o lado de fora,
teço sementes de ocas raízes
em minhas mãos finjo atalhos
nas ladainhas que nada dizem
tão grávidas são as palavras
tão estéril minha via crucis
em um ventre que gesta janelas
nascem e morrem, minhas esperas...
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