velam-me essas esquinas
de olhos tão fechados
e bocas escancaradas
onde quebro palavras
ouço passos e linhas,
e mastigo minha sina
não há no meio
de meus fios, ângulos retos
são curvas, minhas ruas
dedilho e não vejo fugas
essas que escrevem-se
e mentem entre meus dedos
encaminho descaminhos
falta-me a dobra dos joelhos
falta-me espiar outros espelhos
velam-me essas esquinas
sem que delas mate as incertezas
sem que nelas sepulte, o medo
Bela poesia.
ResponderExcluirO olhar perplexo
ResponderExcluirsem entender bem o nexo
reflete
interage
a intersubjetividade
pensa
e o coração
faz este belo poema
mui belo
Luiz Alfredo - poeta