três e um, bocejam as horas
entre as letras de lingua de fora
perdeu, o tempo, as contas
das palavras que dormem...
três e sete, marcha o silêncio,
esse que, num bate-estaca,
não pára e não volta, dá-me as costas
ignora a trava em meus dedos...
três e nove, nada se move
nem cama, nem travesseiro
sabem de meus versos, o vazio
as desculpas e o desprezo...
três e doze, madrugam-me
os ponteiros, num bocejo,
da poesia, desisto, não gesto
hoje, sou só, devaneios...
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