quarta-feira, 25 de julho de 2012

Erro...



porque era tão e tanto
já não bastava caber-se
era preciso evadir-se

o medo da voz
o medo das mãos
o medo dos olhos

em mordaças de aço
encobriram-se as palavras,
nenhum passo atrás

não ouvir o apelo
não ouvir veias, castigar a face
em todas as frestas

porque não era uma
partiu-se ao meio, surda
do carinho ali,  aos gritos

perdeu-se, sem retorno
do gelo, areia a esmo
ao vento,  esquecida...

Nenhum comentário:

Postar um comentário