porque era tão e tanto
já não bastava caber-se
era preciso evadir-se
o medo da voz
o medo das mãos
o medo dos olhos
em mordaças de aço
encobriram-se as palavras,
nenhum passo atrás
não ouvir o apelo
não ouvir veias, castigar a face
em todas as frestas
porque não era uma
partiu-se ao meio, surda
do carinho ali, aos gritos
perdeu-se, sem retorno
do gelo, areia a esmo
ao vento, esquecida...
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