e quando vem a tosse
parece querer de mim
arrancar os pulmões
pergunto-me
por que não?
por que
não arrebentar
meus porões?
deixar sangrar
garganta e boca à fora
a carne que me devora
essa a asfixiar a alma
essa a castigar o relógio
por que
não vomitar a vida
que me apavora?
deixá-la escorrer
a mercê de veios famintos
nesse chão que me convida
tão fácil seria
trilhar esse caminho
por que não?
por que não?
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