neste colo meu
mora-me um espaço
e daquilo que não há
brotam aflitas palavras
fossem carne
cada letra acasalada
nacos de mim, arrancariam,
os lençóis da madrugada
mas, são o que não são
e disso comem e bebem
esses versos, sempre
e sempre inacabados
e vivem e morrem
num frio de sede e fome
e de novo e de novo, brotam
a esperar pelo teu mome
e vivem
e morrem
e vivem
e morrem
de saudades....
Nenhum comentário:
Postar um comentário