domingo, 9 de dezembro de 2012
incertezas...
moram em mim tantas incertezas
que sem toalhas ou versos na mesa
vertem de mim, tempo e espelho
e tanto doem os meus segredos
os cadeados e essas dúvidas
que sou deles, o elo e o fruto...
enquanto fujo, enquanto luto
mais e mais engravido medos
mais e mais aborto estrelas
e eu, covarde
engasgo, engulo...
nesse céu que não se move
onde nada é nada e tudo é mudo
sigo a cultuar em mim tantas noites
sem que eu possa dos absurdos
escolher tardes ou luzes
moram em mim tantas perdas
sem que meus olhos, possam vê-las,
e enterrá-las no escuro de minhas letras
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