do que me flagra
e sangra, são essas palavras
insanas de mim, em mim,
indômitas asas
num sonho ao avesso
revelam-me sem que delas
peça e meça ou medre letras
num tortuoso despejo
se sou casa, sou caça
sou de mim portas, janelas
camas, cadeiras, corpo
gosto e desgosto, esgoto...
do que me protegem
e escondem, são miragens
presas em mim, entrelinhas
em poesias sem fins...
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