quinta-feira, 31 de julho de 2014

ao pó...


nascem olhos
tenros, novos
com fome

gulosos
luxuriosos,

a cada gesto
a cada verbo

crescem
escada acima
inferno a dentro

e

a cada erro
a cada acerto

caóticos
tortos

murcham
sem reflexo
sem eixo

secos,
e sem voz
morrem

sós...

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