era torto o riso indefeso
e a madrugada de olhos acesos
queimou sem medo mãos ao avesso
do que foi, do que passou
nada, só nós entre os dedos
só pó no caminho do meio
restava vestir-se de versos
sentar-se na porta da poesia
fingir e fingir uma dor alheia
na espera do que não veio
no degrau de tantos defeitos
beber e vomitar devaneios
foi a esmo todo um dia
tão prolongado por uma vida
do batismo à morte, um só suspiro...
agonia...
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