domingo, 24 de junho de 2012
É dia...
é dia de recolher palavras-
expostas... sem saliva secaram
sem olhos, sem respostas
é dia de mascarar feridas
se em sangue vivem, delas bebo
numa taça de vinho, já morta
é dia de esconder a face
um basta ao escârneo do retrato
aquele, onde escondo minha imagem
é dia, escuro, um sol cinza
no amarelo dos dedos, um riso finge
malvado, faz das réstias, suas facas...
é dia, é dia, é dia, ainda
que todas as minhas células
gritem que não, é dia ...
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Muito bom!
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